I Fórum Prioridade Absoluta, Criança em Primeiro Lugar
Entre os dias 22 e 24 de abril acontecerá em São Paulo o I Fórum Prioridade Absoluta, Criança em Primeiro Lugar – uma iniciativa do Instituto Alana com apoio do Sesc-SP. O evento busca reunir especialistas, atores da sociedade civil e poder público para dar força e efetivação ao artigo 227 da Constituição Federal, que coloca as crianças em primeiro lugar nos planos e preocupações da nação.
Diz o artigo: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Dessa forma, o artigo 227 determina que o interesse superior da criança seja posto em primeiro lugar nas decisões, preocupações e atividades de toda a sociedade, do Estado e da família, da mesma forma que o Instituto Alana acredita que um mundo voltado à criança é um mundo melhor para todos.
Prioridades de governantes e a Educação
Participamos do 3º Seminário Internacional de Acessibilidade
(CREA-PR, 2014) defendendo a criação de pelo menos uma
Universidade Especial dedicada à PcD (Cascaes, Propondo a criação de Universidades dedicadas a Pessoas com
Deficiência, 2014) ,
lugar com inclusão reversa, ou seja, quem não for PcD seria selecionado com
critérios especiais enquanto o(a) estudante com deficiência seria aluno
preferencial e o ambiente, a pesquisa e desenvolvimento, laboratórios,
bibliotecas, ferramentas didáticas, sistemas de informação e EAD seriam a base
desse templo de educação e formação profissional dos estudantes com
deficiência(s), oferecendo principalmente cursos dos mais caros àqueles que
poucos investimentos exigem.
Filmamos e fotografamos algumas palestras que estão nos blogues
[ (Pessoas com Deficiência Sensorial - o desafio da
Acessibilidade e Inclusão) , (Cascaes, Direitos das Pessoas com Deficiência) ]. As imagens mostram
prioritariamente os intérpretes em Libras, pois felizmente tínhamos intérpretes
LIBRAS, o que viabilizou a gravação de som e a exposição em linguagem de sinais
(LIBRAS -
LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002.) , mais ainda pela
facilidade de existência de bons profissionais e telas de TV próximas,
maravilha!
O tema e local, Auditório Gralha Azul do Setor de Ciências
da Saúde da UFPR, campus Jardim Botânico, permitiu-nos conversar com
professores daquela universidade e estar dentro de suas instalações, ou seja,
em menos de uma semana visitamos uma escola municipal, um colégio estadual e
uma universidade federal no Paraná; que tristeza sentir quanto falta para que
nossas crianças, jovens e universitários tenham escolas adequadas e ambientes
seguros...
Navegando na internet para preparar nossa palestra sobre
universidades dedicadas a estudantes PcD descobrimos o excelente (Anuário Brasileiro da Educação - 2013) e nele dados,
gráficos, análises oportuníssimas que nos obrigam a pensar e perguntar: quanto
o Poder Público investe em Educação no Brasil?
Não podemos reclamar da atual administração federal que até
enfrentou tempestades políticas para dedicar a receita fiscal do “Pré-Sal” à
Educação e Saúde (SRI, 2013) .
Ainda assim estaremos longe do que acontece nos países mais desenvolvidos e
correndo atrás de carências seculares.
Estamos com pleno emprego, empregos temporários e alguns
permanentes, resultado das opções federais pela FIFA, montadoras de automóveis,
exploração e utilização sem limites de combustíveis, agroindústria e mineração,
construção de florestas de concreto e aço, coisas assim.
Se o povo brasileiro
tivesse instrução e educação justa e necessária aplaudiria essas prioridades?
Será que a deseducação não é instrumento implícito na estratégia de dominação
dos brasileiros? Dominar os processos educacionais é o sonho dos ditadores e
deveria ser a principal arma do povo contra a hipótese de dominação de alguns
poucos, fossem quem fossem.
No Brasil, agora lendo livros recentes e menos acadêmicos,
mas muito bem feitos [ (Gomes, 1808) , (Gomes, 1822 - Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês
louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo
para dar errado., 2010) , (Gomes, 1889, 2013) , (Quase-cidadão) , (O Príncipe Maldito) etc.] podemos
entender muito de nossa história, ainda carecemos de bons filmes com esse
objetivo.
A Educação pode ser instrumento de qualquer coisa, inclusive
de alienação, algo que nos parece ser o objetivo principal da mídia comercial,
mercenária, assim como de sistemas estatais altamente sectários. Graças às
facilidades de informação crescentes devemos estar atentos às inúmeras formas
de censura e lembrar sempre os ensinamentos de Michel Foucault, Bertrand
Russell, Hannah Arendt e muitos gênios do pensamento humano que o
impressionante e assustador século 20 também produziu.
Sobre o século passado o episódio mais expressivo da
intolerância e de viabilização do nazifascismo foi, provavelmente, o
aproveitamento ideológico da queima do Reichstag e posteriormente a ordem para
queima de livros, fatos políticos que lembram agora a forma deliberada dos
donos do Poder demonizarem o que aconteceu no Brasil em junho de 2013. O medo
do povo aterroriza palácios.
É interessante e elucidativo lembrar que a primeira grande
nação a queimar livros e trucidar pensadores, simultaneamente, foi a China[1]
o que talvez explique o isolamento e paralização criativa daquele povo genial.
O ano de 2014 promete emoções fortes. A mídia comercial a
serviço de seus patrocinadores já rotulou quem reclamar de “Black Bloc”[2],
terrorista, agitador. Parece que voltamos ao final de década de sessenta...
E na UFPR? Lá nos disseram que até papel higiênico faltou e
a falta de cuidados é visível, aparentemente pela greve em andamento, talvez
porque o orçamento da Universidade seja pequeno. Reclamamos de falta de
recursos de orientação naquele conjunto de prédios que pouco se diferenciam e
fomos alertados por amigos que muita coisa mais está em condições precárias. E
a fiscalização do Corpo de Bombeiros, autoridades sanitárias etc.? Não pode por
lei Federal, disseram, só com ordem judicial. Ou seja, até leis idiotas
prejudicam o ensino e a educação em nossas universidades. Lá os futuros
doutores aprendem o quê vendo e convivendo em ambientes improvisados ou
precários?
E as crianças?
Reportagem da RPC TV mostrou algo que nós do Lions Clube
Curitiba Batel acompanhamos há tempo, a falta de creches na RMC [ (MOÇÃO DE
APOIO À IMPLANTAÇÃO DE CRECHES, 2014) , (Cascaes, Creches - uma prioridade absoluta, 2013) , (Creches - o desespero da Professora Adair , 2013) , (Ida, A necessidade de mais creches , 2012) , (Batel, 2013) ].
Em Curitiba o pesadelo só cresceu quando essa prioridade se transformou em
“vale-creche”, ou não?
Resumindo, das criancinhas aos marmanjos falta muito para
termos um país mais consistente, o que justifica a ênfase e campanhas a favor
da Educação no Brasil.
Cascaes
6.4.2014
Batel, L. (5 de 2013). O Brasil precisa de creches
- nós podemos e devemos lutar pela construção de creches. Fonte: olhando e
vivendo o LIONS:
http://olhando-o-lions.blogspot.com.br/2013/05/o-brasil-precisa-de-creches-nos-podemos.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Direitos das Pessoas com
Deficiência: http://direitodaspessoasdeficientes.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (26 de 5 de 2013). Creches - uma
prioridade absoluta. Fonte: Ações ODM e Justiça Social Registrar atividades
relativas aos Objetivos do Milênio na cidade de Curitiba e sua Região
Metropolitana:
http://odmcuritiba.blogspot.com.br/2013/05/creches-uma-prioridade-absoluta.html
Cascaes, J. C. (27 de 3 de 2014). Propondo a
criação de Universidades dedicadas a Pessoas com Deficiência. Fonte: Educação
e os estudantes com deficiência:
http://escolas-convencionais-e-especiais.blogspot.com.br/2014/04/propondo-criacao-de-universidades.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Pessoas com Deficiência
Sensorial - o desafio da Acessibilidade e Inclusão. Fonte: Pessoas com
Deficiência Sensorial - o desafio da Acessibilidade e Inclusão:
http://pessoa-com-deficiencia-sensorial.blogspot.com.br/
CREA-PR, C. R. (3 de 2014). 3º Seminário
Internacional de Acessibilidade. Fonte: CREA_PR:
http://www.crea-pr.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3029
Creches - o desespero da Professora Adair . (11 de 2013). Fonte: PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO –
VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA:
http://projetoliberdadeemcolombo.blogspot.com.br/2013/11/creches-o-desespero-da-professora-adair.html
Editora Moderna, T. p. (2014). Anuário Brasileiro
da Educação - 2013. Fonte:
http://www.moderna.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A8A8A833F33698B013F346E30DA7B17
Gomes, L. (s.d.). 1808. Fonte: Livros e Filmes
Especiais, Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta
enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil:
http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2013/02/1808.html
Gomes, L. (2010). 1822 - Como um homem sábio, uma
princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o
Brasil - um país que tinha tudo para dar errado. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira Participações S.A.
Gomes, L. (2013). 1889. Fonte: Livros e Filmes
Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2013/11/1889.html
Ida, T. (4 de 2012). A necessidade de mais creches .
Fonte: PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA:
http://projetoliberdadeemcolombo.blogspot.com.br/2012/04/2.html
Ida, T. (5 de 4 de 2014). MOÇÃO DE APOIO À
IMPLANTAÇÃO DE CRECHES. Fonte: olhando e vivendo o LIONS:
http://olhando-o-lions.blogspot.com.br/2014/04/mocao-de-apoio-implantacao-de-creches.html
LIBRAS - LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002. (s.d.). Fonte: Planalto - Presidência da República:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm
Olívia Maria Gomes da Cunha, F. d. (s.d.). Quase-cidadão.
Fonte: Livros e Filmes Especiais:
http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2010/06/quase-cidadao.html
Priore, M. D. (s.d.). O Príncipe Maldito.
Objetiva.
SRI, S. d. (17 de 10 de 2013). Sanção presidencial
confirma recursos do pré-sal para educação e saúde. Fonte: Relações
Institucionais:
http://www.relacoesinstitucionais.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2013/09/sancao-presidencial-confirma-recursos-dos-pre-sal-para-educacao-e-saude
[1] Na época da dinastia Qin (III
a.C.), quando ocorreu a primeira grande queima de livros que se tem notícia, as
obras do pensamento confucionista foram perseguidas e destruídas em grande
número, o que fez com que houvesse uma disparidade patente entre as versões
sobreviventes que foram redigidas durante a época da dinastia Han. http://china-antiga.blogspot.com.br/2007/07/construo-da-histria-chinesa.html
[2] Black bloc (do inglês black,
preto; bloc, agrupamento de pessoas para uma ação conjunta ou
propósito comum, diferentemente de block: bloco sólido de matéria
inerte) é o nome dado a uma tática de ação direta, de corte anarquista, empreendida por grupos de afinidade que se reúnem, mascarados e vestidos de preto, para protestar em
manifestações de rua, utilizando-se da propaganda pela ação para desafiar o establishment e as forças da ordem. Black bloc é
basicamente uma estrutura efêmera, informal, não hierárquica e descentralizada.
Unidos, seus integrantes pretendem adquirir força suficiente para confrontar as
forças da ordem.
A
tática surgiu na Alemanha, nos anos 1980, como tática utilizada
por autonomistas e anarquistas para a defender
os squats (ocupações)
contra a ação da polícia e os ataques de grupos neonazistas. Posteriormente suas
atividades ganharam atenção da mídia fora da Europa, durante as manifestações
contra o encontro da OMC em Seattle, em 1999, quando grupos
mascarados destruíram fachadas de lojas e escritórios do McDonald's, da Starbucks, da Fidelity Investments e outras instalações
de grandes empresas.
À
diferença do modus
operandi de
outros grupos anticapitalistas, os integrantes do black
bloc realizam ataques diretos à propriedade privada, como forma de chamar a atenção para sua oposição ao que consideram
símbolos do capitalismo - as corporações multinacionais e os governos que as apoiam. Um
exemplo desse tipo de ação foi a destruição das fachadas de lojas e escritórios
do McDonald's, da Starbucks, da Fidelity Investments e outras instalações
de grandes empresas no centro de Seattle, em 1999, durante as manifestações contra a conferência de
ministros de países integrantes da Organização Mundial do Comércio (OMC).4
As
roupas e máscaras pretas - que dão nome à tática e, por extensão, também aos
grupos que dela se utilizam - tanto visam proteger a integridade física dos
indivíduos quanto garantir seu anonimato, caracterizando-os, em conjunto,
apenas como um único e imenso bloco.
Críticos
da tática apontam que, por não existir um padrão rígido das atitudes dos
participantes, em certos momentos das manifestações pode ocorrer vandalismo,
roubo e desordem. Wikipédia
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