quinta-feira, 4 de novembro de 2021

A importância da educação sexual e a valorização do amor

 


 

A vida sexual era algo espontâneo. A geração de filhos era imperativa e assim as mocinhas logo engravidavam. A mortalidade era altíssima e os conflitos masculinos violentíssimos.

A vida curta levava à dominação social por pessoas jovens, incrivelmente novas se compararmos com o mundo atual. As pessoas idosas, quando muito, formavam conselhos de anciãos.

O sexo, contudo, logo mostrou que tinha o mistério da vida. A paternidade consciente induziu o isolamento das mulheres e a preocupação familiar de casais imaturos, se comparados com os cenários atuais.

O darwinismo na sociedade humana foi positivo, viabilizando a sobrevivência de seres humanos adaptados aos limites de seus conhecimentos e capacidade de aprender.

Mulheres e crianças tiveram soluções nem sempre saudáveis. Estudos e coleções de livros como, por exemplo, as séries de livros com os títulos “História da Vida Privada...” relatam em detalhes com eram tratadas. Documentários recentes trazem cotidianamente mais e mais informações sobre épocas já remotas. Isso transformou crianças e mulheres em objetos de sacrifícios rituais.

Grandes religiões em todos os tempos, inclusive no século 21 da era cristã, souberam tirar proveito da demonização das relações sexuais, das mais simples às mais complexas. “O Inferno” de Dante Alighieri, (Alighieri)

obra basilar da língua italiana, mostra isso e as obras de arte, com destaque para a de artistas italianos famosíssimos ilustram a visão satânica do sexo.

De modo geral a traição e a falta de critérios sociais para o comportamento sexual são satanizadas (Pecado original: por que as religiões condenam o sexo? ).

Abstraindo-nos da História temos agora um tremendo desafio que é encontrar padrões, técnicas, lógicas saudáveis de educação sexual.

É utopia querer ignorar a influência da mídia comercial, um problema gravíssimo para famílias que pretendem criar seus filhos de acordo com sua cultura e isso se tornou maior com a WEB, onde tudo é acessível a uma criança e a jovens curiosos,

Entendemos que as mentiras são ridículas nesse mundo da comunicação e é fácil sentir que as crianças criam suas fantasias.

O sexo e o amor são divinos, precisamos mostrar isso a nossos filhos e filhas.

Felizmente existem já bons especialistas, pedagogos, psicólogos etc., mas tudo isso existe para quem pode pagar. As pessoas mais pobres onde a fragilidade de suas comunidades é um pesadelo em nosso país, estão desamparadas.
Os efeitos da promiscuidade, modismos, exibicionismo, assédios criminosos, lógicas herdadas dos tempos da escravidão, machismo, submissão das mulheres e falta de boas escolas criou no nosso país uma multidão de deserdados que só cresce, gerando excesso de oferta de mão de obra não qualificada e a exploração de pessoas carentes.

Com certeza encontraremos cenários ainda pavorosos em outros países, mas como educar outros se não soubermos ensinar nossas crianças e jovens a amadurecerem?

 

Alighieri, D. (s.d.). Inferno (Divina Comédia). Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Inferno_(Divina_Com%C3%A9dia)

Kedouk, M. (2019 atualizado). Pecado original: por que as religiões condenam o sexo? . Fonte: https://super.abril.com.br/sociedade/pecado-original-por-que-as-religioes-condenam-o-sexo/

A educação sexual, o acasalamento e a vida

 


 

 

A educação sexual, o acasalamento e a vida

 

Nossa geração (pessoas idosas no Brasil) não teve educação sexual. Era um assunto misterioso, cheio de preconceitos. Com raras exceções, principalmente nas grandes cidades do meio do século passado, jovens eram ignorantes em relação ao que seria saudável para seu amadurecimento.

As crianças e jovens aprendiam o que era comportamento sexual na intuição, observando outros, ouvindo em cochichos. Ou seja, errando e acertando em meio a complexos de culpa criados pelas religiões dominantes.

As definições divergentes do padrão “macho e fêmea” de orientação sexual aconteciam frequentemente traumatizando os jovens para o resto da vida. Bullying, chacotas, humilhações, segregação e até impedimentos de participações regulares  aconteciam nas escolas e em qualquer ambiente o normal para poder existir era a simulação de interesses que não eram reais.

Esconder a própria sexualidade ainda é rotina no Brasil, algo que parece ser necessário numa sociedade que oscila entre extremos morais.

Na heterossexualidade as “barbeiragens” eram constantes de seres humanos despreparados para a conquista de um par. Os bailes eram oportunidades especiais e o cinema, igrejas e praças locais de encontros “casuais”.

Os mais ricos tinham clubes e o pessoal do litoral as maravilhosas praias.

Os pais torciam pelos filhos, mas não sabiam ensinar, educar, orientar de forma adequada.  

Poder lembrar os tempos de namoro e casamento é um prazer constante. O encantamento poderá perdurar durante a vida inteira quando o par se une com a sensibilidade da vida em comum.

Tive pais e avós que mostraram opções de vida inteligentes. Ser catarinense foi importante pois a visão da vida onde nasci me deu parentes diferentes.

O litoral é contagiante, sensual. Isso valoriza a via se bem compreendido. Ser “barriga verde” era até pejorativo em Curitiba, por exemplo. Um engenheiro recém-formado trabalhou comigo uns dois anos contando piadas sobre a “catarinas”, casou-se com uma delas e parece ser feliz, não tive mais notícias.

Em Curitiba a Rua Quinze, rua central, era da “macholândia”...

No Brasil o Rio de Janeiro se destacava pelas liberalidades.

E agora?

Estamos em um cenário radicalmente diferente daquele existente no século 20.  Os sistemas de comunicação, televisão, cinema, internet, teatro, festas e vícios são outros e muito piores. O que fazer?

A responsabilidade da família e educadores é enorme. Pior ainda é a reação dos sistemas comerciais de comunicação, ciosos de seus privilégios e desesperados por recursos que pagam fortunas pelo marketing consumista.

Vivemos a tirania dos grandes centros em que tudo é muito diferente dos locais mais distantes, o Brasil é um país de dimensões continentais.

Temos leis e mais leis, o que isso muda?

A família diminui de tamanho assim como as residências.  O espaço em casa, apartamento e nos barracos das vilas mais pobres expõe as crianças a diversas influências ainda mal estudadas.

Devemos pensar no futuro, o que os mais velhos podem ensinar por bons e maus exemplos?